Cientistas do DF estudam na Antártida moléculas contra o câncer
O desenvolvimento de novos medicamentos com potencial para combater o câncer pode sair de uma pesquisa realizada na Antártida por um grupo de cientistas do Distrito Federal. O projeto na área de biotecnologia, parte do Proantar (Programa Antártico Brasileiro), busca entender quais composições genéticas possibilitam que musgos sobrevivam em um ambiente hostil como o continente gelado.
As descobertas de moléculas podem se transformar em matéria-prima para a produção de novos medicamentos contra o câncer, antibióticos e produtos que ajudam no combate ao envelhecimento.
“Algumas espécies de musgo em especial dominam mais o ambiente que outras, elas parecem mais adaptadas às condições hostis. Existem micro-organismos aqui que atacam essas plantas, mas elas conseguem combater infecções que podem ser causadas por bactérias e fungos da região”, detalham os pesquisadores que ressaltam: a Antártica é o local mais extremo e isolado do planeta, com as menores temperaturas já registradas, os maiores níveis de incidência de raios ultravioleta e as mais velozes rajadas de vento.
A pesquisa brasiliense é focada, principalmente, nas espécieis Sanionia uncinata e Polytrichastrum alpinum. Os musgos são parentes próximos das primeiras plantas a conquistarem o ambiente terrestre e, em geral, podem produzir uma complexidade maior de metabólitos do que outras plantas.